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As 10 personalidades mais importantes para a política do século XIX

10 - Abraham Lincoln

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A Gallup em 2011, divulgou dados de uma pesquisa popular onde os americanos colocaram Abraham Lincoln como o segundo presidente mais importante da história dos Estados Unidos. Afinal Lincoln libertou os escravos e venceu a Guerra Civil dos Estados Unidos de uma maneira que os estados do sul se unissem aos estados do norte.

9 - Rainha Vitória

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Num meio político onde homens dominavam a Rainha Vitória herdou a coroa britânica e a defendeu com garra. Está na lista não apenas por ter sido a referência de mulher no século XIX, mas também por ter iniciado a mudança na cultura política da Grã-Bretanha. Foi a partir da metade do seu reinado que a monarquia foi cedendo espaço para o Parlamento inglês, delegando a política para os parlamentares, e se concentrando em espalhar os valores familiares, na importância da mulher e na moralidade, fazendo da monarquia um símbolo dos costumes britânicos.

A sua relação com outros reis da Europa estreitou os laços do seu país com outros reinos, como a França. Se tornou Imperatriz da Índia e foi avó de altezas da era moderna, como a Rainha Elizabeth II, o príncipe Filipe, o rei Haroldo V da Noruega, o rei Carlos XVI da Suécia, a rainha Margarida II da Dinamarca, o rei Juan Carlos da Espanha, a Ana Maria ex-Rainha da Grécia e os ex-Reis da Grécia e da Romênia, Constantino II e Miguel I, respectivamente.

8 - José de San Martín


É considerado um dos libertadores da América espanhola, abdicou da sua carreira militar na Espanha para se juntar às tropas de Simón Bolívar e lutar pela independência dos países sul-americanos. Em 1813 derrotou o exército espanhol de José Zavala na batalha de San Lorenzo de Paraná. Em 1817, junto com o general Bernardo O'Higgins, participa do movimento pela independência do Chile e depois, como general, lidera o exército revolucionário para declarar a independência do Peru.

7 - D. João VI

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Foi um dos personagens decisivos para o início da transformação da história do maior país da América Latina. Ainda como Príncipe Regente de Portugal, decidiu se manter ao lado da Inglaterra frente à pressão do Bloqueio Continental, criado por Napoleão Bonaparte, e se refugia na mais importante colônia portuguesa para escapar to ataque francês. Apesar de seu ato de cautela ter sido interpretado como um ato de covardia e de ter sido comprovado que existia a possibilidade de vitória de Portugal, nenhum homem foi ferido na invasão francesa, muito menos a sua família que navegava para o Brasil naquele momento.

Se a decisão do príncipe fosse se juntar a Napoleão, o resultado poderia ser desastroso para Portugal contra um ataque da poderosa marinha inglesa. Se D. João optasse pela batalha contra os franceses, pessoas morreriam e corria-se o risco de uma derrota sem chances para um contra-ataque. Diria Lênin no século seguinte que "é preciso dar um passo atrás, para dar dois passos adiante". E foi o que aconteceu, ao se exilar na colônia, o príncipe de Portugal nomeou William Carr Baresford como general do exército português na Guerra Peninsular e, juntos com às forças britânicas, revolucionários portugueses e espanhóis retomaram o controle de toda a região ibérica.

Além de administrar a distância o país europeu, D. João foi o entusiasta para elevar o Brasil a nível de império, formando o Reino de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815. Foi o grande incentivador do desenvolvimento educacional e cultural no país latino-americano, iniciou a comunicação entre penínsulas e preparou o terreno para que seu filho, o príncipe Pedro se tornasse imperador do Brasil independente. Tudo isso com a habilidade de manter unidas as penínsulas brasileiras em torno de um só governo.

6 - Napoleão Bonaparte

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Foi responsável por abalar estruturas políticas europeias do início do século principalmente dos reinos em que obteve domínio, como parte da Península Itálica, incluindo Roma, e parte dos reinos germânicos, como a Saboya. Além de conquistar aliados por toda a Europa. Napoleão conquistou pouco menos de 1/3 da população europeia da época, uma extensão de território de dar inveja a qualquer líder e a admiração dos franceses. Foi considerado o salvador pelo seu povo, porém é considerado o Hitler do século XIX, pela comunidade mundial, devido ao nacionalismo que pregava e o caráter violento das suas conquistas.

Esta na oitava posição do ranking não apenas por ter sido um grande conquistador e líder, mas também por ter recuperado a economia francesa, por ter tornado a França a segunda maior influência industrial do século e por incentivar grandes mudanças na política do continente, como a expulsão de D. João VI do seu próprio reino, a obrigação de revolta do povo espanhol levando a luta por sua independência e a imposição de um desafio econômico e militar para todas as monarquias, principalmente à Inglaterra, mostrando a capacidade que tem uma nação e que a união entre as nações se faria necessária.

5 - Otto von Bismarck, o chanceler de ferro

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Não foi nem imperador, nem o herói da independência de uma nação. Tampouco foi um grande conquistador e vencedor de inúmeras batalhas, como Napoleão, mas foi um dos símbolos do início do Nacionalismo, junto com o próximo da lista. Sentimento esse que mais tarde foi pretexto para um jovem alemão se tornar o pior ditador que o mundo viria.

Esta a cima de Napoleão porque liderou a unificação dos reinos germânicos em apenas um Estado, dando início ao governo de Guilherme I, primeiro imperador alemão. Essa luta pela unificação da Alemanha fortificou os germânicos que antes eram submetidos ao domínio de grandes reinos, como a França, a Dinamarca e a Áustria. Além de ter ajudado a criar um Estado poderoso e o sentimento do nacionalismo alemão, o primeiro-ministro é reconhecido por ter utilizado a sua liderança militar à união e não à dominação de povos.

É chamado de "Chanceler de Ferro" pela sua preferência do uso da força ao da política e pelo combate ao socialismo. Características tão influentes que predominariam e ganhariam forças sob o mandato dos futuros líderes alemães, sendo possível notar seus traços nos regimes seguintes, como no Império Alemão e na Alemanha Nazista.

4 - Giuseppe Garibaldi

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Lutou ao lado de Bento Gonçalves, como capitão-tenente e um dos líderes da revolução farroupilha, no sul do Brasil, em 1838. A Revolução Farroupilha (1835 - 1845) se tornou símbolo do orgulho gaúcho que marcou a resistência ao Império do Brasil e, apesar de o movimento separatista não ter alcançado o seu objetivo principal, fulgurou a força do Rio Grande do Sul e a valorização da carne gaúcha, objetivo inicial do confronto.

Garibaldi ainda lutou na marinha uruguaia como coronel e regressara a Itália para se tornar um dos heróis da unificação italiana e ser um dos pioneiros do nacionalismo que invadia a Europa. Não é à toa que é conhecido com o "herói de dois mundos".

3 - Simón Bolívar

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Nada mais nada menos que o libertador da América Espanhola. Iniciou a sua história de conquistas na Venezuela, sua terra natal, onde, em 1807, se juntou ao general Francisco Miranda para tornar o seu país livre. Os revolucionários aproveitaram que a Espanha teria levado seus homens das colônias por entrarem em guerra contra a França de Napoleão e formaram a Grã-Colômbia, em 1822. Essa se separou em 1830, dando origem a Equador, Colômbia e Venezuela. Em 1903, o Panamá se separaria da Colômbia.

Ainda inspirado pela independência dos Estados Unidos e pelas ideias dos revolucionários franceses, Bolívar liderou batalhões junto com San Martín para libertar o Peru, em 1821. E partiu para a região onde hoje é a Bolívia para declarar a independência do país no ano de 1825.

2 - Karl Marx

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Marx foi e continua como um dos principais filósofos de todos os tempos e não poderia estar em outra posição da lista, se não no top 3 entre os mais importantes personagens do século XIX. Em 1948, Marx e Engels publicam o Manifesto Comunista que dá base ao comunismo. Nessa obra os autores reivindicam obras sociais a favor do proletariado, como jornada de trabalho e salários justos, e dão espaço a ideia de que a classe operária teria condições de reverter a sua situação precária.

Pensamentos de outros autores fazem do comunismo a ideologia política e socioeconômica capaz de inspirar grandes movimentos operários como a Comuna de Paris, o primeiro governo liderado por assalariados. Assim como serve de motivação para outros governos que primeiramente optam pelo Socialismo, como Lênin e seus sucessores.

O filósofo foi um grande crítico do capitalismo, da propriedade privada, da mais-valia, da exploração burguesa. Arguidor das teorias de Adam Smith, deixou um legado gigantesco com suas obras, como a anteriormente citada e também O Capital, composições mais célebres do pensador.

1 - Auguste Comte

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Comte se torna o personagem mais importante do século por influenciar todo um estudo sobre a sociedade em geral e padronizar esse estudo dentro de um método que seria utilizado pela Sociologia. O pai da sociologia também influenciou o método de construção do conhecimento científico em outros campos da ciência ao criar o pensamento positivista. Alguns princípios básicos do Positivismo são o relativismo e a observação da realidade, através disso Comte desenvolveu boa parte das suas teorias, inclusive dando nome a Moral.

Através do filósofo é que ganha forma o debate entre o que é o certo e o errado, o real e o abstrato, a loucura e a lucidez. E é por esse debate que acontece uma revolução na filosofia e na ciência. Por isso se discute o papel do líder político, a meritocracia, a posição das classes sociais e os seus respectivos valores.

Valentim (2010) se defere ao século XIX como sendo "o século de Comte", afinal o pai da sociologia foi um revolucionário político e filosófico. Não é à toa que Auguste Comte é o primeiro dessa lista.

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