Pular para o conteúdo principal

Postagens

Os ministros das relações exteriores na ditadura militar

Foram seis ministros responsáveis pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) no Brasil, durante o Regime Militar de 64. Foram eles que lideraram a retomada das relações com os Estados Unidos, principalmente no bilateralismo político-militar. A seguir vamos conhecer cada um deles e analisar quais foram as diferentes estratégias utilizadas por eles. Vasco Leitão da Cunha Foi o primeiro ministro do MRE na ditadura e permaneceu no cargo até a metade do mandato de Castelo Branco. Responsável pela quebra da Política Externa Independente e por retomar as relações com os Estados Unidos, Leitão estabeleceu metas específicas para a América Latina, o Ocidente e, claro, EUA. Juracy Magalhães Assumiu a pasta do MRE no final do do governo de Castelo Branco e como ex-embaixador dos Estados Unidos a intenção dos militares era melhorar o relacionamento com os americanos e alcançar acordos econômicos que havia tempos em que o Brasil não conseguia. Ele trabalhou para estabelecer a viabilidade d
Postagens recentes

Conheça a PEI

Foi a grande revolução da política externa brasileira, no século XX, onde o Brasil deixou de focar na relação bilateral com Estados Unidos e investir mais nas características primordiais estabelecidas por San Tiago Dantas, ministro das relações exteriores do Governo Jango: universalidade, independência e pragmatismo. Os traços da Política Externa Independente, compostos em 1961, começaram a aparecer no Segundo Governo Vargas, quando o presidente passa a dar mais atenção aos países de Terceiro Mundo e exercitar mais a independência universal se aliando aos africanos e asiáticos que buscavam a independência político-econômica dos países desenvolvidos. Getúlio o fez somente através de acordos econômicos e assim fez-se a estreia das estratégias da PEI. A insistência de Dutra no erro do final do Estado Novo e a do início do Segundo Governo Vargas, assim como a mudança de atitude política do final desse, fez com que Juscelino Kubitschek apostasse um pouco mais nos países africanos e asiá

Dicas para uma reunião de negócios - Mexicanos

Vamos fazer um intervalo nos textos históricos preparatórios para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática para falarmos sobre o comportamento ideal numa reunião de negócios para com os mexicanos. Segue na íntegra a entrevista com essas três pessoas maravilhosas que tive o prazer de trocar uma ideia. Abril Peláez Guzmán, 21 anos, estudante de Relações Comerciais - IPN Vendedora Germano: ¿Hay alguna vestimenta adecuada para una reunión de negocios? Abril: Si, dependiendo de qué tan formal sea la cita. Normalmente para una negociación, los hombres usan traje de sastre tratando de combinar los colores y tener bien cuidada la vestimenta para no verse mal. Las mujeres igual usan traje, ya sea que tengan pantalón o falda, lo preferible es que la falda no esté tan pegada al cuerpo y no esté tan arriba de la rodilla. Los colores preferibles para una negociación son: azul, negro, gris oxford y blanco.  Los colores que menos deberían usar son los colores café, mostaza, ve

Afinal Nazismo é de Esquerda?

O assunto veio à tona no mês passado (ago/2017) com o caso de Charlottesville em que manifestantes supremacistas brancos entraram em confronto com grupos antinazistas. À parte da discussão que se teve sobre o ressurgimento de grupos nazistas e sobre o tamanho da liberdade de expressão existente nos Estados Unidos, surgiu uma discussão nas redes sociais de pessoas tentando (e falhando ao tentar) argumentar e mostrar que a origem do nazismo é de orientação política "esquerdista". "Ser de esquerda" ou "ser de direita" são duas expressões que as pessoas tendem a usar como característica à orientação política de alguém, equivocadamente. Pra entender o motivo é necessário saber a origem, ler sobre a Revolução Francesa. No início das discussões políticas, em 1789, onde seria decidido se a França continuaria a ser uma monarquia (sob domínio de um monarca) ou se tornaria uma República (sob domínio de um governo público), monarquistas se sentavam a direita enqu

As 10 personalidades mais importantes para a política do século XIX

10 -  Abraham Lincoln A Gallup em 2011, divulgou dados de uma pesquisa popular onde os americanos colocaram Abraham Lincoln como o segundo presidente mais importante da história dos Estados Unidos. Afinal Lincoln libertou os escravos e venceu a Guerra Civil dos Estados Unidos de uma maneira que os estados do sul se unissem aos estados do norte. 9 - Rainha Vitória Num meio político onde homens dominavam a Rainha Vitória herdou a coroa britânica e a defendeu com garra. Está na lista não apenas por ter sido a referência de mulher no século XIX, mas também por ter iniciado a mudança na cultura política da Grã-Bretanha. Foi a partir da metade do seu reinado que a monarquia foi cedendo espaço para o Parlamento inglês, delegando a política para os parlamentares, e se concentrando em espalhar os valores familiares, na importância da mulher e na moralidade, fazendo da monarquia um símbolo dos costumes britânicos. A sua relação com outros reis da Europa estreitou os laços

Processo de independência dos países do Mercosul

Todos nós conhecemos, ou temos alguma noção do processo de independência brasileiro, relacionamos o fato com o grito de D. Pedro I nas margens do Rio Ipiranga, ou talvez com a pressão do Partido Brasileiro, dos seus líderes como Cipriano Barata e José Bonifácio e outros políticos liberais que representavam a sociedade quando incitaram o príncipe português a separar Brasil de Portugal. O que é certo afirmar é que a grande maioria dos brasileiros relaciona o acontecido com a data histórica do 7 de setembro de 1822. Em contrapartida, estamos fadados a estudar apenas a história brasileira e muitas vezes esquecemos de conhecer a história dos nossos maiores amigos. Argentina, Uruguai e Paraguai somam-se ao Brasil no bloco econômico mais importante da América do Sul, que movimenta milhares de produtos e uma enorme quantia de capital. Os países que hoje integram o Mercosul construíram as suas relações há um bom tempo e cada um já influenciou na economia do outro historicamente. A come

Liberté, Egalité, Fraternité

Os primeiros filósofos iluministas imaginaram tentaram imaginar um mundo justo, onde cada indivíduo pudesse viver em harmonia com outro, sem prejudicar ninguém através das suas atitudes. Esse era o princípio básico para um mundo ideal, onde o grande desafio deles, naquele momento, era saber como buscar isso. Alguns disseram que o ser humano teria que deixar de ser egoísta e começar a se colocar no nível dos demais, afinal ninguém era melhor que ninguém apenas por determinação do nascimento. Para isso, seria necessário eliminar a influência de um ser poderoso, o monarca, e separar a instituição Igreja da instituição Estado, se não, como poderíamos viver em harmonia numa sociedade em que apenas um homem e uma instituição ditam as regras? Outros iluministas afirmaram que era preciso estudar e conhecer outras sociedades e culturas, e o todo que possuíam, para lhes entender. Portanto, os Estados teriam que entrar em comum acordo para dar espaço a troca cultural e comercial. E algun