Foram seis ministros responsáveis pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) no Brasil, durante o Regime Militar de 64. Foram eles que lideraram a retomada das relações com os Estados Unidos, principalmente no bilateralismo político-militar. A seguir vamos conhecer cada um deles e analisar quais foram as diferentes estratégias utilizadas por eles.
Por isso é considerado uma época de fortes mudanças na política externa do país, pois retoma o contato com EUA, na gestão de Vasco Leitão da Cunha, e passa por pequenas mudanças durante cada uma das gestões até se parecer novamente com as estratégias da PEI, como a universalidade de José de Magalhães Pinto, a independência buscada por Mário Gibson Barbosa e o pragmatismo responsável de Azeredo da Silveira. Características que foram sendo somadas com o passar do tempo para fechar o ciclo com Ramiro Saraiva Guerreiro, o péssimo estado da relação com os americanos e o fim da ditadura.
Vasco Leitão da Cunha
Foi o primeiro ministro do MRE na ditadura e permaneceu no cargo até a metade do mandato de Castelo Branco. Responsável pela quebra da Política Externa Independente e por retomar as relações com os Estados Unidos, Leitão estabeleceu metas específicas para a América Latina, o Ocidente e, claro, EUA.Juracy Magalhães
Assumiu a pasta do MRE no final do do governo de Castelo Branco e como ex-embaixador dos Estados Unidos a intenção dos militares era melhorar o relacionamento com os americanos e alcançar acordos econômicos que havia tempos em que o Brasil não conseguia. Ele trabalhou para estabelecer a viabilidade disposta dos recursos hídricos da região.José de Magalhães Pinto - Diplomacia da Prosperidade
Teve uma participação ativa em todo o governo de Costa e Silva. Mudou a estratégia depois do fracasso das tentativas de desenvolvimento das negociações econômicas com os Estados Unidos, e se aproximou das características da PEI. Estreitou relações com os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento do Grupo dos 77 e se recusou a assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, onde os Estados se recusam a produzir armas nucleares, com exceção dos países que já utilizaram essas.Mário Gibson Barbosa - Diplomacia do interesse nacional
Foi o ministro das relações exteriores do General Médici, manteve a decisão de ampliar a política exterior brasileira e passou a ter relações bilaterais com países africanos. Barbosa esteve presente em nove países africanos para discutir assuntos políticos e econômicos. Além de estreitar as relações com os países do Golfo da Guiné, o ministro fortaleceu o vínculo com a América Latina e com os países árabes, pelo interesse no petróleo produzido nestes últimos.Azeredo da Silveira - Pragmatismo responsável
Ministro de Geisel, Azeredo da Silveira se distanciou ainda mais do bilateralismo com os Estados Unidos. Reconheceu o governo português pós-Salazar, a independência da Guiné-Bissau, do Zimbábue e da Namíbia, afirmou a postura de descolonização dos povos afro-asiáticos, estabeleceu relações com países exportadores de petróleo, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã, além de China e Angola. Condenou o apartheid e o sionismo praticado na Palestina, pelos israelitas.Ramiro Saraiva Guerreiro
Reforçou o discurso dos últimos três ministros e, durante todo o Governo Figueiredo, Ramiro deixou o Brasil ao lado do povo palestino e da Argentina na guerra em que disputou as Ilhas Malvinas. O deterioramento das relações diplomáticas com os Estados Unidos durante os últimos três governos militares, foi um importante fator para o enfraquecimento do Regime Militar, em 1985.Por isso é considerado uma época de fortes mudanças na política externa do país, pois retoma o contato com EUA, na gestão de Vasco Leitão da Cunha, e passa por pequenas mudanças durante cada uma das gestões até se parecer novamente com as estratégias da PEI, como a universalidade de José de Magalhães Pinto, a independência buscada por Mário Gibson Barbosa e o pragmatismo responsável de Azeredo da Silveira. Características que foram sendo somadas com o passar do tempo para fechar o ciclo com Ramiro Saraiva Guerreiro, o péssimo estado da relação com os americanos e o fim da ditadura.
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