Foi a grande revolução da política externa brasileira, no século XX, onde o Brasil deixou de focar na relação bilateral com Estados Unidos e investir mais nas características primordiais estabelecidas por San Tiago Dantas, ministro das relações exteriores do Governo Jango: universalidade, independência e pragmatismo.
Os traços da Política Externa Independente, compostos em 1961, começaram a aparecer no Segundo Governo Vargas, quando o presidente passa a dar mais atenção aos países de Terceiro Mundo e exercitar mais a independência universal se aliando aos africanos e asiáticos que buscavam a independência político-econômica dos países desenvolvidos. Getúlio o fez somente através de acordos econômicos e assim fez-se a estreia das estratégias da PEI.
A insistência de Dutra no erro do final do Estado Novo e a do início do Segundo Governo Vargas, assim como a mudança de atitude política do final desse, fez com que Juscelino Kubitschek apostasse um pouco mais nos países africanos e asiáticos e ampliasse o início das negociações com outros países, como os do bloco socialista. O erro do Governo JK foi ter investido mais do que arrecadava e não ter arrumado a economia interna para entregar um país saudável ao seu sucessor e facilitar a sua vida quando fosse negociar qualquer empréstimo ou investimento estrangeiro.
A PEI acontece evidentemente no Governo Jânio, em 1961, mudando radicalmente as estratégias da política internacional. Afonso Arinos assumiu a pasta do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e passa a agir diretamente nas negociações de autodeterminação dos países africanos e asiáticos, contudo, tentando transparecer uma atuação de coadjuvante para empoderar esses países na sua luta de independência. Portanto, Jânio Quadros e a sua equipe das relações exteriores passaram a, além de defender o direito de autonomia desses países, defrontar o sistema capitalista, que deveria também atuar na reconstrução da África e da Ásia.
Além disso, o Governo Jânio foi atacado internamente por deteriorar as relações com Estados Unidos e estreitar as relações com o bloco comunista (União Soviética, China, Cuba) e por condecorar Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Esses atos fizeram com que o presidente sofresse forte influência para renunciar. Troca que não surtiu muito efeito, pois seu vice-presidente, o Jango, reforçou as características do governo anterior.
Em 1961, João Goulart nomeou San Tiago Dantas, para ministro das relações exteriores, que caracterizou a Política Externa Internacional, reforçando os três princípios de citados no início (independência política, universalidade e pragmatismo). Jango argumentou que as relações com os Estados Unidos limitava o Brasil, que o combate ao subdesenvolvimento só seria possível com a ajuda comum entre todas as nações e que o capital investido nas corridas armamentista e espacial, das duas potências mundiais, poderia ser revertido para a sustentação dos continentes pobres do hemisfério sul.
Ela se tornou uma grande revolução nas relações exteriores do país por ampliar os horizontes comerciais e colocar o Brasil numa posição de destaque mundial e referência na América Latina. Da dependência aos Estados Unidos, do descaso aos continentes subdesenvolvidos e da posição de coadjuvante nas relações mundiais, passando pelas mudanças nos Governos Vargas e JK, para um país com uma política exterior mais independente, universal e pragmática, notam-se as posições de destaque da PEI para a historia do Brasil. Uma pena que fomos atacados pelo golpe militar, em 1964.
Os traços da Política Externa Independente, compostos em 1961, começaram a aparecer no Segundo Governo Vargas, quando o presidente passa a dar mais atenção aos países de Terceiro Mundo e exercitar mais a independência universal se aliando aos africanos e asiáticos que buscavam a independência político-econômica dos países desenvolvidos. Getúlio o fez somente através de acordos econômicos e assim fez-se a estreia das estratégias da PEI.
A insistência de Dutra no erro do final do Estado Novo e a do início do Segundo Governo Vargas, assim como a mudança de atitude política do final desse, fez com que Juscelino Kubitschek apostasse um pouco mais nos países africanos e asiáticos e ampliasse o início das negociações com outros países, como os do bloco socialista. O erro do Governo JK foi ter investido mais do que arrecadava e não ter arrumado a economia interna para entregar um país saudável ao seu sucessor e facilitar a sua vida quando fosse negociar qualquer empréstimo ou investimento estrangeiro.
A PEI acontece evidentemente no Governo Jânio, em 1961, mudando radicalmente as estratégias da política internacional. Afonso Arinos assumiu a pasta do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e passa a agir diretamente nas negociações de autodeterminação dos países africanos e asiáticos, contudo, tentando transparecer uma atuação de coadjuvante para empoderar esses países na sua luta de independência. Portanto, Jânio Quadros e a sua equipe das relações exteriores passaram a, além de defender o direito de autonomia desses países, defrontar o sistema capitalista, que deveria também atuar na reconstrução da África e da Ásia.
Além disso, o Governo Jânio foi atacado internamente por deteriorar as relações com Estados Unidos e estreitar as relações com o bloco comunista (União Soviética, China, Cuba) e por condecorar Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Esses atos fizeram com que o presidente sofresse forte influência para renunciar. Troca que não surtiu muito efeito, pois seu vice-presidente, o Jango, reforçou as características do governo anterior.
Em 1961, João Goulart nomeou San Tiago Dantas, para ministro das relações exteriores, que caracterizou a Política Externa Internacional, reforçando os três princípios de citados no início (independência política, universalidade e pragmatismo). Jango argumentou que as relações com os Estados Unidos limitava o Brasil, que o combate ao subdesenvolvimento só seria possível com a ajuda comum entre todas as nações e que o capital investido nas corridas armamentista e espacial, das duas potências mundiais, poderia ser revertido para a sustentação dos continentes pobres do hemisfério sul.
Ela se tornou uma grande revolução nas relações exteriores do país por ampliar os horizontes comerciais e colocar o Brasil numa posição de destaque mundial e referência na América Latina. Da dependência aos Estados Unidos, do descaso aos continentes subdesenvolvidos e da posição de coadjuvante nas relações mundiais, passando pelas mudanças nos Governos Vargas e JK, para um país com uma política exterior mais independente, universal e pragmática, notam-se as posições de destaque da PEI para a historia do Brasil. Uma pena que fomos atacados pelo golpe militar, em 1964.
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