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A política do bem é um dos principais movimentos para o progresso de uma nação

Até o final do período aonde o Brasil era colônia de Portugal, não havia organização política popular, a sociedade era dividida em colonizadores (portugueses que faziam parte da administração da colônia), colonos (brasileiros e portugueses livres que ocupavam altas posições na elite) e colonizados (escravos africanos, indígenas e brasileiros miseráveis). A economia se concentrou, primeiramente, na capitania de Pernambuco e (segundamente fora Temer) depois se transferiu para a capitania de Minas Gerais, administrada por grandes proprietários de lavras.

O primeiro partido que se tem notícia no país, foi o Partido Brasileiro, criado em 1822, por homens como Cipriano Barata, José Bonifácio e Gonçalves Ledo, que eram a favor da independência do Brasil e foram decisivos para essa vitória do país. Foi o Partido Brasileiro que, através de manobra política, segurou o príncipe regente Pedro e exigiu que não voltasse para Portugal. Esse dia (09 de janeiro de 1822) ficou conhecido como o Dia do Fico.

No começo do reinado de D. Pedro I, surgiu o Partido Português, formado por grandes produtores de ouro e açúcar, favoráveis a recolonização do Brasil, pois tinham interesse financeiro na relação com Portugal. Enquanto isso, a economia do país não ia nada bem. Os preços do açúcar, algodão e cacau eram baixos devido a forte concorrência internacional e a independência brasileira afundou o país ainda mais pois agora não existia a relação econômica com Portugal.

Os gastos internos, a intensa cobrança de impostos, a vida dos cidadãos e o temperamento violento do monarca na hora da repressão do movimentos contrários ao seu governo, não o favorecia, a ponto de nem liberais do Partido Brasileiro e nem os moderados do antigo Partido Português serem a favor do seu governo. A insatisfação de uma maioria quase unanime no país fez D. Pedro I abdicar do seu governo.

No Período Regencial os grupos partidários se dividiram em três, os restauradores, que defendiam a volta do imperador, os liberais exaltados, que queriam liberdade para as províncias, e os liberais moderados, lutavam pela monarquia sem absolutismo. Depois da morte de D. Pedro I, apenas as lutas dos liberais moderados ganharam força. Se dividindo entre progressistas (Partido Liberal), que defendiam a liberdade das províncias, e os regressistas (Partido Conservador) que não.

Independente de partido, os políticos não aguentavam mais as revoltas da população devido a indecisão da Regência, que uma hora concedia liberdade às províncias, noutra hora não. Resolveram antecipar a maioridade de Pedro de Alcântara e nomeá-lo D. Pedro II. Predominando durante quase todo o seu império essas duas frentes políticas: liberais e conservadores.

A partir do começo do século XIX, o poder econômico havia se transferido de Minas Gerais e Pernambuco para a região sudeste do país, por causa das grandes plantações de café, produto esse (o café) que começou a obter um grande sucesso no mercado internacional, dominando todo ele até meados do século XX. Com isso, a influência política se transferiu para Rio de Janeiro e São Paulo.

Ainda no Segundo Reinado, D. Pedro II conseguiu salvar o país da grande crise organizando as taxas de importação, industrializando o país e acabando com o tráfico negreiro, assim os senhores de escravos tinham tempo e dinheiro para investir em cafezais e fábricas. Tudo ia bem no governo imperial de Pedro.

Porém, em meados do século XIX, a cris política se instaurou no império. D. Pedro II tomou atitudes que revoltaram grandes senhores de escravos, sendo assim, grandes produtores de café, a Igreja, os conflitos com o exército e a Guerra do Paraguai, que marcaram o seu governo. Todas essas instituições apoiaram o golpe militar do Ma. Deodoro da Fonseca que comandou a constituição da República Federativa do Brasil.

Percebe-se o grande envolvimento político em todos os momentos de conquista do povo brasileiro. Pode-se citar o movimento burocrático para a independência, a orientação econômica do país e o movimento republicano, todos até então, muito ligados com as lutas e revoltas armadas do povo. Nota-se a força que a população tem quando, além de unida em revoltas, resistência e guerras, a força que os movimentos têm quando líderes políticos os apoiam. Me agrada muito saber que a participação política da população no Brasil tem aumentado com o passar dos anos.

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